quinta-feira, 11 de março de 2010

Os Dodós



Os Dodós (Raphus Cucullatus) eram aves não-voadoras com cerca de um metro de altura que viviam nas ilhas Maurício, perto de Madagáscar. Eram da família dos pombos, tinham asas e um bico longo e pesado. Alimentavam-se das árvores tambalacoque, também reconhecidas como “árvores DODO” e acabaram por ser extintos graças à acção do ser humano durante a colonização das ilhas.
Os Dodós não tinham medo das pessoas, o que combinado com o facto de não voarem fez com que eles se tornassem presas fáceis para os humanos. Eram uma excelente fonte de alimentação, pesando cerca de 16 quilos, pelo que foram caçados pelo homem. Os seus ninhos foram destruídos por outros animais, entre eles, porcos, ratos e macacos. Por fim, o último Dodó foi morto em 1681, não tendo sido preservado nenhum espécime completo.
Recentemente, os cientistas descobriram que uma espécie de árvore das ilhas Maurícias (tambalacoque) estava a desaparecer, esta tinha surgido na época em que os últimos Dodós estavam a ser mortos. Descobriu-se que os dodós comiam as semente
s dessa árvore, e que só quando as sementes passavam pelo seu aparelho digestivo é que ficavam activas, podendo germinar. Ao fim de algum tempo, concluiu-se que era possível conseguir o mesmo efeito se as sementes fossem comidas por perus, desse modo, a árvore foi salva, ficando conhecida por árvore-dodó.
Em suma, através da acção humana não só uma espécie animal ficou extinta como também uma espécie vegetal entrou em perigo de desaparecer do globo. Existem cadeias alimentares, de modo que o desaparecimento de uma das espécies que faz parte de uma cadeia a
limentar pode gerar a extinção de todas as outras que dela dependem directa ou indirectamente.


quinta-feira, 4 de março de 2010

Lobo Ibérico




O lobo-ibérico é uma subespécie do lobo-cinzento, sendo um pouco menor e esguio que as outras subespécies. Os machos medem entre 130 a 180 cm de comprimento, enquanto as fêmeas de 130 a 160 cm podendo a sua altura a chegar até aos 70 cm. Os machos adultos pesam geralmente entre 30 a 40 kg e as fêmeas entre 20 a 35 kg. Apresentam uma pelagem que pode variar entre o castanho amarelado ao acinzentado mesclado ao negro, particularmente sobre o dorso.

Vivem em alcateia como uma forte organização hierárquica. O número de animais numa alcateia varia entre 3 a 10 e, está composta por um casal reprodutor (casal alfa), por um ou mais indivíduos adultos ou subadultos e as crias do ano.

Relativamente à reprodução, estes acasalam durante toda a vida, no entanto, a época de acasalamento abrange o final do inverno e princípio da primavera (Fevereiro a Março). Após um período de gestação de 2 meses nascem entre 3 a 8 crias (lobachos) que são cegas e indefesas. As crias e as mães permanecem numa área de restrição e sendo alimentadas por comida trazida pelo resto da alcateia.

Por volta de Outubro as crias abandonam a área de criação e passam a acompanhar a alcateia na sua deslocação. Os jovens lobos atingem a maturidade sexual por volta dos 2 anos, no entanto, aos 10 já são considerados velhos.

Apresentam uma alimentação muito variada, dependendo da existência ou não de presas selvagens e de vários tipos de pastoreio em cada região. As suas principais presas são o javali, o corço e o veado, e as presas domésticas mais comuns são a ovelha, cabra, a galinha, o cavalo e a vaca.

Habitam em bosques abertos, tundra, florestas densas e montanhas onde se refugia em tocas escavadas por ele ou reaproveitadas de outros animais.

A população Europeia original está agora muito reduzida. A primitiva área de distribuição do lobo abrangia quase todo o hemisfério norte, excepção feita ao norte do continente Africano. No entanto, actualmente, este canídeo ocupa uma área muito reduzida estando classificada como uma espécie vulnerável a nível mundial. Na península ibérica, a área de distribuição restringe-se ao quadrante nordeste estando, deste modo, igualmente vulnerável.

As causas do declínio do lobo são variadas entre as quais o facto da ocorrência de uma diminuição progressiva do número de corços e veados o que obrigou a que este predador tivesse que recorrer aos animais domésticos para se alimentar. Esta situação provocou que a perseguição por parte dos pastores aumentasse devido aos prejuízos provocados, embora a lei proíba. Nas últimas décadas assistiu-se também à destruição do habitat preferencial do lobo, devido à construção de grandes infra-estruturas. Actualmente, também a existência de um elevado número de cães vadios afectaram também a sobrevivência do lobo uma vez que ambas as espécies competem pelo alimento.