quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tubarão Branco



É difícil não sobrestimar a reputação do enorme e majestoso grande tubarão branco (“great white shark”).É dos maiores predadores do oceano, um dos mais identificável em todo o mundo, graças à sua coloração única e atraente, os seus olhos negros e os ferozes dentes e mandíbulas, que vêm estampando há décadas nas capas das revistas.

O tubarão branco de nome científico Carcharodon Carcharias, pode atingir 7,5 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas.

Geralmente, come peixes como leões-marinhos e focas, que por possuírem muita gordura no corpo permitem lhes ficar algum tempo sem se alimentarem. Por esse mesmo motivo são um dos “pratos” predilectos deste animal feroz. Também se alimentam de outros tubarões mais fracos ou velhos. Os mais velhos devido à sua experiência sabem identificar melhor quais as suas presas, motivo pela qual os seres humanos são maioritariamente atacados por tubarões mais jovens, no entanto estes rapidamente descobrem que nos não somos o seu melhor alimento, o que faz com que nos cuspam.

Podem também alimentar se de pequenas baleias, tartarugas marinhas e animais mortos. Encontram-se no topo da cadeia alimentar, sendo unicamente enfrentados pelas orcas.

Se necessário são capazes de dar grandes saltos para capturar as suas presas.

Possuem cerca de 3000 dentes de forma triangular e bordos muito afiados, organizados em diversas fiadas, que se substituem constantemente.

Quanto à sua reprodução são ovíparos e geram entre 2 a 14 filhos formados que podem chegar a 1,5 metros de comprimento. Como todos os tubarões, a fertilização dos ovos ocorre na fêmea, e elas os mesmos choca. Mesmo antes de nascer têm que saber defender-se sozinhos, e, após o nascimento nadam para longe da mãe.

O gigante branco é um dos tubarões com maior distribuição, devido à sua capacidade pouco habitual de manter a temperatura do corpo mais elevada do que a do ambiente que o rodeia, o que lhe permite sobreviver facilmente mesmo em águas muito frias. Embora seja raramente visto na maioria das águas costeiras, ele costuma ser encontrado por pescadores e mergulhadores. Conhecido pela sua curiosidade, os tubarões brancos costumam erguer a cabeça para fora da água, pois gosta de explorar e morder objectos estranhos, o que o torna perigoso para os humanos. Muitos especialistas em tubarões acreditam que os ataques a humanos sejam resultado desse comportamento exploratório, que pode facilmente tornar-se fatal em virtude dos seus dentes muito afiados e da força das suas mandíbulas. Os tubarões brancos são responsáveis pelo maior número de ataques fatais a humanos, principalmente a surfistas e mergulhadores.

A população de tubarões brancos está a diminuir motivo pela qual são actualmente protegidos em várias partes do mundo. Mesmo assim, ainda são caçados como troféus. O mercado negro especializado em mandíbulas e dentes destes magníficos animais tem emergido. Sendo este o motivo que está a causar a sua extinção.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Coquí Dourado




O Coquí dourado (Eleutherodactylus jasperi) é a única espécie ovovivípara conhecida da família Leptodactylidae. Este é uma pequeníssima rã, com aproximadamente 2cm, de cor azeitona-ouro ao amarelo-ouro, sem padrão.
O coquí habitava em Porto Rico, sendo característico de habitats tropicais/ subtropicais húmidos, restringindo-se a áreas rochosas.
Recebeu este nome pelos dois sons que fazem os machos e que soam justamente, como "co" e "quí".
A fêmea do coquí punha entre vinte e cinco a quarenta ovos de cada vez, em folhas de bromélias e os seus descendentes nasciam completamente formados, isto é, como adultos em miniatura. Esta forma de reprodução, revelava-se bastante vantajosa, permitindo-lhes a independência da água, o que noutras espécies revelava-se essencial para o seu desenvolvimento. Infelizmente, a espécie deixou de ser observada em 1981. Os investigadores sugeriram a doença fungal chytridiomycosis em combinação com mudanças climática como a causa provável para o declínio desta espécie. Mais tarde, a perda do seu habitat, devido à desflorestação e à agricultura intensiva, associada a uma baixa taxa de reprodução, foram apontadas como as principais causas da sua extinção.

Nota: Alguns naturalistas resistem a declarar extinção a esta espécie, contudo não se tem observado exemplares nos últimos anos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Entrevista ao Professor Jorge Paiva



A palestra “Biodiversidade, Água e Vida!” orientada pelo Professor Jorge Paiva, suscitou no nosso grupo, S.O.S. Biodiversidade Por Um Fio, um conjunto de questões que despertaram no decorrer da mesma interesse e curiosidade.

Assim, por termos recebido opiniões positivas acerca deste encontro, achamos que seria do interesse de toda a comunidade escolar ter acesso às perguntas e às respostas colocadas, uma vez que o tema sensibilizou os participantes e se assumiu motivante.

Deste modo, seguem-se as respostas às questões colocadas:

1. Actualmente, fala-se bastante da necessidade das escolas incentivarem a educação ambiental. O que acha que deve ser feito em concreto para que os jovens possam crescer com a consciência de que é necessário proteger o planeta?

Fazer com que os alunos conheçam a Natureza, levando-os ao campo. Infelizmente, o nosso Ensino está cada vez mais teórico e não há tempo, nem dinheiro, para levar os alunos para o campo. Assim, a única solução é mostrar-lhes filmes sobre a Natureza e elucidá-los sobre a relevância da respectiva Biodiversidade para a nossa sobrevivência.

2. Na sua opinião quais são as principais causas da extinção de espécies no nosso país?

A destruição dos ecossistemas naturais, feita egoisticamente e estupidamente pela espécie humana.

3. Que medidas podemos adoptar individualmente para evitar a catástrofe que é a diminuição da biodiversidade?

Há muitas maneiras. Uma delas é não ter engaiolados animais de estimação (não de companhia, como gatos e cães), como aves raras, pequenas tartarugas, etc., etc. Outra maneira é sabermos andar na Natureza, não a destruindo, não a sujando, não fazendo barulho, não matando os animais sem ser por necessidade de os consumir, etc.

4. Acha que estão a ser feitos, no nosso país, os esforços necessários para que os rios deixem de ser poluídos?

Não. As nossas Reservas Naturais não só não têm pessoal suficiente, como também não têm estruturas para as conservarem e protegerem. O Ministério do Ambiente (de Governos sucessivos) tem defendido mais os interesses económicos do que o Ambiente, a Natureza e a Biodiversidade.

5. Há semanas deu uma notícia acerca da preservação das espécies através da criação de uma Arca de Noé que consiste em recolher o ADN das espécies em extinção e recria-las em laboratório. Qual é a sua opinião acerca deste tema?

A referida "Arca de Noé" já existe com os "Bancos de Sementes e de Germoplasma" que existem e Portugal tem um muito bom e importante, em Merelim, próximo de Braga. A dita "Arca de Noé", não é mais do que um Bancos desses, instalado na Calote de gelo do Ártico. Esses "Bancos" são importantíssimos para a preservação da Biodiversidade, particularmente das espécies em risco.



S.O.S. Biodiversidade Por Um Fio


Palestra com o Professor Jorge Paiva



No dia 10 de Fevereiro, pelas 11h30, decorreu na sala Rómulo de Carvalho, da Escola Secundária D. Sancho I, uma palestra, orientada pelo Professor Jorge Paiva, intitulada “Biodiversidade, Água e Vida!”. Esta contou com a presença de inúmeros professores e alunos de diversos cursos e anos lectivos.

Com o seu discurso motivante e espírito descontraído e simplista, o Professor Paiva consegui cativar e despertar a atenção para os problemas que nos rodeiam e que prejudicam o Globo Terrestre.
A palestra foi iniciada com o esclarecimento da ideia de que todos os seres vivos necessitam de “combustível” para que o seu motor trabalhe, proporcionando-lhes viver e crescer. De seguida, demonstrou-nos que dependemos directa e indirectamente da biodiversidade, pois sem ela não comíamos, não nos vestíamos, não tínhamos medicamentos, luz eléctrica, energia, etc. O seu discurso prolongou-se com histórias que marcaram o percurso da sua vida e que fizeram aumentar ainda mais o nosso respeito e admiração por esta figura. O Professor Paiva finalizou com o conselho de educarmos as próximas gerações, para estas se tornarem mais conscientes e assim, preservarem a Biodiversidade, desperdiçarem menos água, consumirem menos energia e poluírem, o mínimo possível, pois afinal serão o futuro do nosso Planeta.
Em conclusão, o Professor tentou-nos transmitir a seguinte mensagem: “Pensamos muito, mas sentimos pouco; necessitamos mais de espírito humano do que mecanização.”.

S.O.S. Biodiversidade Por Um Fio

Licor de Osso de Tigre



Segundo a ONG britânica de protecção do meio ambiente, Environment Investigation Agency (EIA), tem sido fabricado e vendido, em alguns jardins zoológicos chineses, vinho de osso de tigre. Esta afirma que funcionários de dois zoos, do país, tentaram vender a bebida que é feita a partir do destilado do osso de tigre. A propaganda a esta bebida realizava-se, abertamente, nos zoos, afirmando-se que ela teria propriedades medicinais, nomeadamente, para o tratamento de artrite e reumatismo.

Foi descoberto que no jardim zoológico da cidade de Shenyang, no nordeste da China, 13 tigres siberianos, morreram de fome nos últimos meses. Este parque é acusado, pela imprensa chinesa, de usar os ossos dos animais para fabricar licores medicinais.

Segundo o jornal “Beijing News”, o licor, feito a partir dos ossos de tigre, é apreciado, há séculos, pela medicina tradicional chinesa, devido às suas, supostas, propriedades medicinais. Uma fonte anónima, que faz parte do zoo Shenyang, revelou esta prática ao jornal, garantindo ter bebido licor de osso de tigre.

O licor de osso de tigre pode render, por garrafa, no mercado negro, cerca de 3000 euros.

Actualmente, a produção e venda do “hu gu ji” (destilado de osso de tigre), tal como a venda de partes de tigre é ilegal, internacionalmente, na medida em que esta espécie se encontra em vias de extinção. Assim, é exigido, pelas leis contra o tráfico de restos mortais de animais em extinção, vigentes desde 1993, que os ossos e a pele de tigres falecidos sejam guardados em salas frigoríficas e lacrados. Todavia, a lei não prevê quem deve ser o responsável por estes dispendiosos procedimentos.

Desde 1980 que existem na China “quintas com tigres”, pensa-se existirem cerca de 5 mil animais cativos, possivelmente, mais do que o número actual destes animais no seu habitat natural. Durante a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), no ano passado, a delegação chinesa sugeriu a possibilidade de acabar com a proibição doméstica do comércio de partes de tigre, permitindo, assim, a venda de partes de animais criados nestas quintas. Segundo eles esta seria a melhor opção, pois respeitaria as necessidades dos grupos que praticam a medicina tradicional sem, desse modo, ameaçar a população de tigres selvagens. Quando esta proposta foi apresentada recebeu opiniões tanto positivas como negativas. As opiniões contestatárias alertaram que isto poderia prejudicar os esforços que têm sido feitos, de modo a acabar com a caça clandestina. Segundo estes, seria mais barato matar um tigre selvagem do que criar um em cativeiro. Seria, igualmente, muito difícil identificar as diferenças entre estas duas variantes da espécie. De acordo com o chefe da campanha da EIA, Debbie Banks, "O fim da proibição levaria a um aumento da caça clandestina. Acabando por ser muito fácil vender peles, ossos e outras partes dos animais entre as que vêm das fazendas legalizadas”.

Neste momento, existem cerca de 3500 a 7500 tigres em habitat natural, muito menos do que os 100 mil que se verificavam no início do século XX. Contudo, apesar de todos os projectos e tentativas para salvar a espécie, o número de tigres continua a cair.