sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Foca-Monge-do-Mediterrâneo


A foca-monge-do-mediterrâneo, cujo o seu nome específico é Monachus monachu é considerada actualmente o membro da família das focas mais ameaçado de extinção.
É uma das espécies mais protegidas tendo uma presença que não excede os 500 indivíduos a nível mundial.
A foca-monge também conhecida por lobo-marinho é uma espécie que se encontra repartida pelo mar mediterrâneo e águas adjacentes, tendo no entanto maior abundância entre a Turquia e a Grécia.

Estas são as únicas que surgem em território português, existindo cerca de 23 focas no nosso país, mais precisamente na Ilha Deserta da Madeira.
Existem dois géneros distintos de foca-monge, aquelas que apreciam águas quentes e outras que têm preferência pelos mares polares.

É um animal bastante robusto podendo nos casos dos machos atingir cerca de 4 m. Por outro lado, as fêmeas sendo de estrutura mais pequena poderão atingir até cerca de 2,30 m. Estas apresentam uma cor castanha-acinzentada, sendo que, nas partes inferiores têm manchas mais claras de cor amarelada e esbranquiçada, tendo ainda uma cabeça arredondada, olhos saliente e bem separados. Quanto mais envelhecidas forem mais clara a sua pele ficará, podendo mesmo na velhice atingir uma coloração prateada. Estes tipos de espécie quando submerge, as suas narinas fecham, impedindo, desta forma, a entrada de água para os seus canais respiratórios.
Debaixo da água, servem-se dos olhos para se guiarem, como ainda, dos seus longos bigodes, sendo órgãos ao tacto extremamente sensíveis às mudanças de pressão.
A alimentação da foca-monge baseia-se no consumo de animais capturados na água, como peixes e cefalópodes (polvos, lulas e chocos).
As focas-monge, não possuem uma época para os nascimentos, embora se verifique uma maior concentração destes nos períodos entre Outubro e Novembro. A gestação demora entre 8 a 11 meses, ao fim dos quais nasce uma cria indefesa, coberta por uma pelagem lanosa de cor negra. Assim as crias ficam entregues aos cuidados das progenitoras por um período que pode ir de 1 a 2 anos, altura esta em que se apresentam mais brincalhonas e despreocupadas. Estes animais podem viver cerca de 20 a 30 anos no seu estado selvagem.
É de salientar, que estes animais notáveis sofreram um imenso declínio populacional que as tornaram numa das 10 espécies de mamíferos mais ameaçado do Planeta.
Actualmente as focas-monge estão em extinção ou em risco de extinção devido: à perturbação dos animais nas suas áreas de refúgio, à actividade dos pescadores, sendo esta nociva, quer pelo abate voluntário ou acidental com explosivos ou pela captura em redes de emalhar, à redução da disponibilidade de alimentos, a uma catástrofe inesperada, como um derrame de crude, à destruição de habitats, à poluição, etc.
Ao longo dos tempos, a foca-monge tem sofrido processos de adaptação ao meio que a rodeia, sendo considerado o convívio com o Homem o mais nocivo para a continuidade da espécie.
Assim, todo o contacto com ele é indubitavelmente prejudicial para as focas, tendo sido utilizado, durante muitos anos, a pele destas para a formação de casacos.
Contudo o seu desaparecimento acabou por se tornar uma preocupação que, posteriormente, foi necessário a tomada de medidas de protecção deste animal, sendo uma delas a fundação do Parque Natural da Madeira. Desde 1988, o governo madeirense, através do Parque Natural da Madeira, iniciou um projecto de conservação do lobo-marinho e do seu habitat que é assegurado por vigilantes da natureza que fazem patrulhas de bote ao longo das ilhas e efectuam observações directas dos animais sem intervir nas suas actividades.
É realmente de louvar todo o esforço e a dedicação que levaram à criação do Parque Natural da Madeira, pois é graças a esses homens e mulheres, que esta bela espécie poderá, pelo menos, no nosso país, ter uma hipótese de sobreviver e recuperar neste nosso mundo que é de todos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Olulu

A Olulu é uma planta cujo nome científico se designa “Brighamia insignis” caracterizando-se por apresentar um caule suculento, sendo bolboso na base e mais delegado no topo. Por vezes ramifica-se de onde emerge uma coroa de folhas ovais, brilhantes, carnudas e coriáceas, com 10 a 20cm de comprimento. As flores são amarelas ou creme, grandes (entre 7 a 14 cm) e possuem pétalas fundidas numa espécie de tubo, aparecendo em grupos de 3 a 8 na axila das folhas. As flores surgem também entre Setembro e Novembro e são muito ricas em néctar produzindo uma fragrância característica. O fruto é uma cápsula esverdeada com 13 a 19 mm e encerra numerosas sementes.
A grande maioria das plantas pioneiras em ilhas oceânicas de origem vulcânicas são espécies herbáceas, particularmente bem adaptadas a dispersar-se a grandes distâncias. Quando na ausência de plantas competidoras estas acabam por evoluir transformando-se em plantas lenhosas.
Foi exactamente o que se passou com a Olulu, que outrora era bastante comum nas falésias basálticas de várias ilhas do arquipélago do Havai e, actualmente, está reduzida a duas populações na ilha Kauai com menos de 10 plantas no total.
As razões para este drástico declínio são múltiplas e incluem a competição com plantas exóticas (entretanto introduzidas nestas ilhas), o consumo por animais herbívoros, as catástrofes naturais e o desaparecimento de polinizadores naturais.
Para que a polinização seja assegurada, tendo e
m conta a sua forma tubular, torna-se necessária e existência de polinizadores especializados, como certas borboletas da família dos Esfingídeos dotadas de uma língua longa e enrolada. No entanto, actualmente, a taxa de polinização e disseminação natural das sementes tornou-se insuficiente, o que levou a alguns voluntários a assegurar a polinização manual das plantas que ainda sobrevivem em habitats naturais. Todavia, essa intervenção não afasta os riscos de ocorrência de mutações, aliás muito pelo contrário.
Por estes motivos, é que muitos cientistas e criadores de plantas têm vindo a investigar e a juntar esforços no sentido de manter várias populações de Olulu em jardins botânicos, estufas no Havai e noutras partes do mundo, as quais irão permitir reforçar as populações naturais e proceder a reintroduções desta planta em áreas outrora ocupadas pela mesma.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Espécies em Perigo de Extinção

Dugongo


O Dugongo (Dugong Dugon Muller) é o único mamífero herbívoro que é estritamente marinho, e é a única espécie da família Dudongidae.
O Dugongo é um animal roliço que se movimenta lentamente, contudo consegue atingir uma velocidade de 10 a 12 nós quando fogem. Apesar de serem animais dóceis não se aproximam muito do homem. Este animal atinge um comprimento de 2 a 3 metros e podem pesar 250 a 400 kg.
São fáceis de identificar, pois não tem barbatana dorsal, ao contrário dos golfinhos e das baleias, nem patas de trás. Possuem pouco pêlo, olhos pequenos, um nariz burlesco e não têm ouvido externo, e o seu focinho é voltado para baixo. Conseguem estar debaixo de água cerca de 10 minutos quando enchem os pulmões de ar e nadam grandes distâncias. Os Dugongos vivem aproximadamente de 70 a 75 anos. Têm uma taxa de fecundidade muito baixa: as fêmeas têm uma cria em cada 5 anos,sendo período de gestação de 12 meses e de amamentação de 14 a 18 meses. Logo após o seu nascimento, as crias alimentam-se de ervas marinhas.
São considerados animais em vias de extinção, uma vez que têm uma taxa de fecundidade baixa, capturas acidentais durante as actividades de pesca e destruição do seu habitat.
Os pescadores admitem que pescam Dugongos como também consideram a sua carne extremamente cara. Eles vendem-na em restaurantes como carne de porco ou repartem pela população local. Estes animais só existem na costa de Moçambique. Actualmente, A Wild Wide Found é uma fundação que tende a ajudar esta espécie.


Recomendações:

- Investigação, ou seja, determinar a distribuição e a abundância relativa dos Dugongos, através de métodos alternativos, como por exemplo, entrevistas aos pescadores;
- Mapeamento do seu habitat (identificar as espécies e sua distribuição);
- Estudo do seu movimento e uso dos seus habitats;
- Proibir a pesca de Dugongo;
- Promover campanhas de educação e sensibilização às comunidades locais e à sociedade do geral da sua importância biológica e ecológica e do seu grande valor como uma atracção para o turismo;
- Gratificar os pescadores locais que apanhem os Dugongos nas suas redes e posteriormente os libertam.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Borboletas - Um ser em risco!



A
s borboletas constituem um importante grupo da família dos insectos e pertencem à ordem Lepidópteros, termo que significa “asas em escamas”. Estas alimentam-se de plantas específicas e apresentam escamas coloridas e sobrepostas, que formam desenhos intricados de beleza rara. As suas cores podem ser fortes, suaves, metálicas ou irradiantes, e podem ainda formar diferentes pigmentos e micro-texturas que, devido aos efeitos de refracção e difracção da luz incidente, conferem nuances das mais variadas tonalidades nas suas asas.
Estima-se que em todo o mundo, existam aproximadamente 24.000 espécies de borboletas, sendo a região tropical a que regista a maior densidade destes insectos, devido às condições propícias que oferece, nomeadamente a variedade de plantas.
Além de ser um animal notável pela beleza e elegância, as borboletas diurnas são muito importantes como bioindicadores, pois são fáceis de serem monitorizadas nas suas diferentes e bem definidas fases vitais.
Contudo, são bastante sensíveis às mudanças negativas que possam prejudicar o seu meio ambiente. Assim, uma brusca mudança ambiental afecta o desenvolvimento regular de toda uma população.
Actualmente muitas espécies de borboletas estão em extinção ou em risco de extinção, devido: à agricultura intensiva; ao uso de fertilizantes, pesticidas e insecticidas em geral; à degradação do meio ambiente; ao avanço da urbanização de áreas onde antes haviam parques e vegetação apropriada, com plantas integrantes da dieta das borboletas; à substituição, nos jardins das residências e parques públicos, de plantas nativas, por espécies estranhas à flora local.
Com efeito, as alterações do meio ambiente ou mesmo a destruição total de seus habitats, certamente jamais serão conhecidas. Muitas espécies são caçadas até exaustão, devido à sua beleza. Deste modo, são utilizadas para compor peças artesanais ou para integrar colecções particulares desprovidas de qualquer interesse ou conteúdo científico.
Em Portugal, especificamente no Arquipélago da Madeira, a borboleta, vulgarmente conhecido por “Grande Branca da Madeira”, foi a primeira a ser oficialmente considerada extinta em território europeu, em consequência da perda de habitat, devido ao aumento do índice de construção e a poluição proveniente de fertilizantes agrícolas, ou seja, em resultado da acção do Homem.









NUNCA
caces borboletas, nem tentes pegá-las com as mãos, pois as suas asas são muito delicadas e perdem as escamas como se fossem um finíssimo pó ou podem romper-se facilmente condenando-as a nunca mais voar. Não tocá-las, reflecte, assim, um gesto de gentileza e de consciência ecológica, pois borboletas dependem do voo para concluírem o seu ciclo vital.