sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Borboletas - Um ser em risco!



A
s borboletas constituem um importante grupo da família dos insectos e pertencem à ordem Lepidópteros, termo que significa “asas em escamas”. Estas alimentam-se de plantas específicas e apresentam escamas coloridas e sobrepostas, que formam desenhos intricados de beleza rara. As suas cores podem ser fortes, suaves, metálicas ou irradiantes, e podem ainda formar diferentes pigmentos e micro-texturas que, devido aos efeitos de refracção e difracção da luz incidente, conferem nuances das mais variadas tonalidades nas suas asas.
Estima-se que em todo o mundo, existam aproximadamente 24.000 espécies de borboletas, sendo a região tropical a que regista a maior densidade destes insectos, devido às condições propícias que oferece, nomeadamente a variedade de plantas.
Além de ser um animal notável pela beleza e elegância, as borboletas diurnas são muito importantes como bioindicadores, pois são fáceis de serem monitorizadas nas suas diferentes e bem definidas fases vitais.
Contudo, são bastante sensíveis às mudanças negativas que possam prejudicar o seu meio ambiente. Assim, uma brusca mudança ambiental afecta o desenvolvimento regular de toda uma população.
Actualmente muitas espécies de borboletas estão em extinção ou em risco de extinção, devido: à agricultura intensiva; ao uso de fertilizantes, pesticidas e insecticidas em geral; à degradação do meio ambiente; ao avanço da urbanização de áreas onde antes haviam parques e vegetação apropriada, com plantas integrantes da dieta das borboletas; à substituição, nos jardins das residências e parques públicos, de plantas nativas, por espécies estranhas à flora local.
Com efeito, as alterações do meio ambiente ou mesmo a destruição total de seus habitats, certamente jamais serão conhecidas. Muitas espécies são caçadas até exaustão, devido à sua beleza. Deste modo, são utilizadas para compor peças artesanais ou para integrar colecções particulares desprovidas de qualquer interesse ou conteúdo científico.
Em Portugal, especificamente no Arquipélago da Madeira, a borboleta, vulgarmente conhecido por “Grande Branca da Madeira”, foi a primeira a ser oficialmente considerada extinta em território europeu, em consequência da perda de habitat, devido ao aumento do índice de construção e a poluição proveniente de fertilizantes agrícolas, ou seja, em resultado da acção do Homem.









NUNCA
caces borboletas, nem tentes pegá-las com as mãos, pois as suas asas são muito delicadas e perdem as escamas como se fossem um finíssimo pó ou podem romper-se facilmente condenando-as a nunca mais voar. Não tocá-las, reflecte, assim, um gesto de gentileza e de consciência ecológica, pois borboletas dependem do voo para concluírem o seu ciclo vital.

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